quinta-feira, 27 de junho de 2013

Eu tenho medo de vândalos - principalmente dos vândalos de farda

Outro dia escrevi aqui que não tinha medo de vândalos. Venho me retratar. Eu tenho sim medo de vândalos - dos de farda e dos sem farda.

Como o MPL (Movimento Passe Livre), mudei de ideia sem vergonha alguma: voltei a protestos. Em parte, porque sinto que eles estão de fato mexendo com nossos dirigentes, mas, principalmente, porque estão mexendo conosco. Não sei você, mas nunca vi debates tão profundos e sensatos na minha timeline do Facebook. Como ouvi da amiga jornalista Érica Montenegro recentemente, "a grande vitória das ruas é mostrar que quem está em gabinete também tem patrão".

Com o hábito de refletir voltando à moda, sugiro uma nova provocação.

Quero começar dizendo que amo Brasília, cidade belíssima e cheia de obras de arte ao céu aberto. Parte-me o coração ver uma beleza como a Catedral ser pichada e depredada, principalmente após uma reforma que custou dinheiro público e durou dois anos. O mesmo vale para o Itamaraty. E declaro, também, que repudio o vandalismo.

Vandalismo, porém, também veste farda, já pensaram nisso? Afinal que outro nome daríamos a atirar bombas de gás lacrimogênio contra hospitais, como ocorreu no Rio de Janeiro? Ou dispersar uma multidão de manifestantes pacíficos com gases que podem matar, como parece ter virado praxe em Brasília? Ou atirar contra repórteres, como em São Paulo? Ou, pior ainda, intimidar, torturar e matar moradores de comunidades pobres do Rio?

Só o que peço aqui é um pouco de bom senso. A farda não blinda ninguém contra o adjetivo de vândalo, arruaceiro ou criminoso.






Um comentário:

  1. Também tenho medo de vândalos; tenho medo dos de farda,( mesmo que a farda seja de um time de futebol) medo dos sem fardas que empunham armas de guerra e vendem uns produtos " esquisitos " e que outros vândalos chegam com carros reluzentes para adquirir..
    Eu tenho medo de "vândalos"

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